quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Tropa de Elite 2 fica abaixo da expectativa

O filme de José Padilha foi superestimado devido ao grande sucesso do 1° Tropa de Elite.

Desde o dia em que anunciaram que "Tropa de Elite" ganharia uma sequência, grande parte da população ficou em polvorosa. O maior sucesso do cinema nacional, nos últimos anos, ganhou muitos fãs ao contar a história do BOPE (Batalhão de Operações Policiais Especiais) e de como as suas ações vão ao extremo, tanto com os bandidos como com os policiais que pretendem ingressar na companhia.

Ganhador de prêmios internacionais e aclamado pela crítica mundial, "Tropa de Elite" foi um sucesso, mesmo sem ter uma grande bilheteria. Isso aconteceu graças à internet, que disponibilizou para quem quisesse o download do filme, antes mesmo dele chegar ao cinema brasileiro. Muito especulou-se na época, de alguém da produção ter disponibilizado o filme na internet por ter sido demitido, até de que tudo não passava de uma forma de divulgação.

O fato é que o filme vazou antes da hora e foi um sucesso. A partir disso, uma sequência seria praticamente óbvia e foi o que aconteceu. Ano passado chegou o anúncio de que "Tropa de Elite" começaria a ser gravado em janeiro deste ano e com um enredo diferente, contado nos dias atuais. De fato isso aconteceu, porém o resultado não foi o esperado pelo público.

Nascimento 12 anos mais velho
Em "Tropa de Elite 2 - O Inimigo Agora é Outro" o Capitão virou Tenente-Coronel Nascimento (Wagner Moura) e o 06 virou Capitão Mathias (André Ramiro). Enquanto no primeiro filme a luta do Capitão Nascimento era contra os traficantes do morro, neste o "inimigo é outro", sua luta desta vez é contra uma milícia, formada por policiais que dominaram uma comunidade e agora fazem o que bem entendem com os moradores.

Dizer que "Tropa de Elite 2" é um filme ruim seria quase uma blasfêmia, o enredo é bom e as atuações seguiram a mesma linha do filme anterior. No entanto, senti falta daquele Capitão Nascimento, que botava o dedo na cara do vagabundos e o cano da arma na boca de quem acorbertava traficantes. Neste filme, Nascimento é desligado no BOPE e se torna chefe de segurança do Rio de Janeiro e seu personagem perde um pouca daquela imagem de herói, criada no primeiro filme.

Aliás, o personagem de Wagner Moura não é único a perder força, André Ramiro também foi prejudicado com a história de seu personagem. Grande esperança para ser o sucessor do Capitão Nascimento, André Mathias também é desligado do BOPE, após matar um detento em uma rebelião e volta para a polícia comum.

Parte do elenco de "Tropa de Elite 2 - O Inimigo Agora é Outro"

Contudo, o filme ainda é bom, porém não faz jus ao primeiro. Comparo este filme a trilogia "O Poderoso Chefão", que declinou progressivamente até seu último filme. O mesmo acontece com "Tropa de Elite", resta esperar para ver se ele ganhará mais uma sequência e seguirá o declínio de "O Poderoso Chefão" ou se renovará a ponto de superar o primeiro longa de franquia. O fato é que enquanto houver "Tropa de Elite", haverá pessoas para assisti-lo e se for para perdermos tempo com filmes ruins, pelo menos que seja com filmes nacionais. Comentem.

É a Tropa de Elite em ação.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Punhos de Aço nem precisaria de final

O filme é tão ruim que torna-se díficil assistir até o momento de seu final.

É impressionante como uma sinopse bem escrita é capaz de despertar a curiosidade das pessoas. Lembro que no dia que li a de "Punhos de Aço" estava com vontade de ver um filme de ação e mesmo não tendo uma boa história, tinha uma boa propaganda, prometia as melhores lutas que um filme do gênero poderia oferecer.

É lógico que sempre tentarão promover ao máximo um trabalho, afinal, cinema é dinheiro. No entanto, a presença de um ex-lutador de Wrestling me fez acreditar que este filme, realmente, pudesse ser bom, já que neste esporte as lutas são coreografadas e os praticantes desta modalidade acabam aprendendo a realizar movimentos fantásticos.

Austin (direita) como Wrestler
Contudo, Steve Austin, o protagonista da trama, foi mal e não conseguiu segurar a estória do filme. Austin foi um dos wrestlers mais populares dos Estados Unidos e entrou para o cinema em 2005, quando interpretou um guarda no filme "Golpe Baixo", protagonizado por Adam Sandler. Stone Cold, como era conhecido nos seus tempos de Wrestling, participou de mais cinco filmes, dentre eles "Os Mercenários", de Sylvester Stallone.

No filme, Austin interpreta John Brickner, um ex-detento que acaba de ser libertado e precisa voltar à sociedade e viver honestamente. Brickner começa a trabalhar na área da construção civil, porém após ser confrontado com a esposa do homem que ele matou, passa a sentir-se responsável pela família da vítima e é quando começa o problema. A filha do homem que Brickner matou precisa de um transplante que custa 250 mil dólares e a mãe da garota pressiona o ex-detento para que ele pague a operação.

Surge então Reno Paulsaint, um agente de lutas clandestinas de péssima reputação, que oferece à Brickner a chance de ganhar dinheiro com seus punhos. Ganhando pouco, o ex-presidiário vê nessa proposta a única chance de conseguir o dinheiro para pagar o transplante da menina. Brickner passa a lutar para Paulsaint e se torna imbatível (típico deste tipo de filme), consegue arrecadar todo o dinheiro para a cirurgia e todos ficam felizes no final do filme.

O grande problema do roteiro é a imagem atribuída ao personagem de Austin. O cara tem um coração de ouro, é o justiceiro dos fracos e oprimidos, prefere se arrebentar inteiro para salvar a pele dos outros. Se sente responsável pela família do homem que ele matou, sendo que estava apenas se defendendo. Apanha como mulher de malandro e põe em risco sua liberdade condicional, pois as lutas que participa são ilegais. É constantemente "engatado" por seu agente, que "volta e meia" conta uma história triste para Brickner e o mesmo fica comovido e volta atrás em sua decisão de abandonar as lutas.

O enredo já é fraco, agora as lutas... Nossa Senhora! Acho que fãs do Restart e da Saga Crepúsculo fariam melhor. Ex-lutador de Wrestling, Austin tinha a obrigação de caprichar nas cenas de luta, o que não acontece. Sua postura e sua guarda são ridículas e seu golpe fatal é um soco no peito do adversário. Sem falar na quantidade de "mata-cobras" (estilo de soco usado por pessoas que não sabem lutar) presentes na lutas. Pelo amor de Deus! Isso é inaceitável.

No geral, o filme é bem ruim e assistir ao seu trailer já é uma enorme perda de tempo. "Punhos de Aço" é o tipo de filme que assistimos 20 minutos e trocamos por outro, pois é muito chato. As atuações são fracas, o estória é fraca e as lutas são muito, mas muito fracas. Caso queiram assistir algum filme deste gênero (lutas, cadeia, etc), dêem uma olhada no filme "Hell", do Jean-Claude Van Damme, esse até que é bem razoável. Comentem.

domingo, 14 de novembro de 2010

Os mercenários tem o enredo muito ruim

O filme de Sylverter Stallone parece o time do São Paulo: Contrata um monte de craque para deixar no banco de reservas.

Quando anunciaram o novo filme de Sylverter Stallone (Sly) confesso que fiquei ansioso. Cenas gravadas no Brasil, elenco repleto de astros de filmes de ação e a esperança de surgir uma nova franquia de sucesso. No entanto, tudo não passou de ilusão e o filme não agradou, nem a mim e nem, grande parte dos fãs de Stallone.

Muitas pessoas criticaram quando Stallone anunciou que iria fazer um novo filme de ação. Para muitos, inclusive fãs do cara, o filme Rocky Balboa (teoricamente o último a ser feito para a franquia "Rocky") foi o "Gran Finale" de Sly. A tentativa de ressussitar a franquia Rambo, dos anos 80, já não havia sido vista com bons olhos e "Os Mercenários" trilhou o mesmo rumo.

Contudo, quando anunciaram este filme uma nova expectativa foi criada, graças ao elenco presente no longa-metragem. Dentre os vários nomes, apareciam os de Bruce Willis, Mickey Rourke e o do governador da Califórnia, Arnold Schwaarzenegger. Porém as coisas ficaram só na expectativa mesmo, já que estes grandes nomes em nada acrescentaram no filme, a não ser pelo uso de suas imagens e seus nomes nos posters de divulgação.

Bruce Willis e Arnold Schwarzenegger aparecem em uma única cena, Willis como o contratante do serviço que faz a história do longa e Schwarzenegger como outro mercenário, que concorre ao serviço com Stallone. Já Mickey Rourke aparece em duas cenas, uma aos 15 minutos do filme e a outra no final, como um tatuador e mercenário aposentado. Pelo amor de Deus! Nomes deste calibre devem participar efetivamente de um filme, é isso que o público espera ao ver o nome destas "feras" impressos na capa de um filme.

Quanto história, é fraquíssima e mostra como Sly está enferrujado para escrever roteiros, tendo em vista que ele foi o roteirista de "Rocky - Um Lutador", ganhador de três Oscars em 1977. Stallone parece desesperado para produzir outro grande sucesso Hollywoodiano, foi assim com Rocky Balboa em 2006 e Rambo 4 em 2008. Sly vem de uma geração na qual este tipo de filme era o máximo, porém as coisas hoje são bem diferentes e cara parece ter parado no tempo.

O que salva este filme de ser uma m... total são as cenas de lutas corporais, que está bem representada por Jet Li e Jason Statham (apesar de eu achar que ambos só fazem porcarias). O coreógrafo de lutas caprichou nas cenas e ajudou a salvar o filme. As explosões e perseguições não foram tão ruins, mas exageraram um pouco. Caso você queira perder o seu tempo e assistir o Stallone embarcar em um avião que está levantando vôo, fique à vontade, mas assista ao trailer do filme primeiro e tenha certeza que vale a pena. Comentem.



Alex Silva, Rodrigo Souto, Fernandão, Dagoberto, Rogério Ceni, Ricardo Oliveira, Richarlyson, Jean e Ilsinho
São Paulo Futebol Clube
 

sábado, 13 de novembro de 2010

Invictus? Acho que não!

O filme dirigido por Clint Eastwood foi baseado no livro "Conquistando o Inimigo: Nelson Mandela e o Jogo que Uniu a África do Sul", do jornalista inglês, John Carlin.


A história do líder político, Nelson Mandela, dispensa qualquer comentário. Ganhador de vários prêmios em reconhecimento à sua luta pelos direitos humanos, incluindo o Nobel da Paz, o ex-presidente da África do Sul teve parte de sua vida contada no filme "Invictus", sob a direção de Clint Eastwood e com Morgan Freeman interpretando Mandela.

No entanto, o enredo deixou a desejar e não empolgou em momento algum. Esperava-se mais de grandes nomes, como Clint Eastwood, Morgan Freeman e, até mesmo, Matt Damon. O filme não é ruim, porém a fase abordada da vida de Mandela poderia ter sido outra, já que sua trajetória até chegar a presidência da África do Sul foi muito mais interessante.

Freeman, Eastwood e Damon
Comparo este filme ao de Fábio Barreto (Lula - O filho do Brasil), no qual o diretor conta a história de Lula até sua chegada a presidência do Sincato dos Metalúrgicos e deixa de lado sua luta nas "Diretas Já" e suas derrotas em eleições até sua vitória em 2002. O mesmo acontece no filme de Eastwood, que deixa de contar partes da vida de Mandela que foram mais relevantes.


Exemplos disso, entre tantos que poderiam ser citados, foi quando Mandela decide abrir mão de manisfestações pacíficas, após um massacre de africanos que faziam um protesto contra o Apartheid. Ou ainda, contar a parte em que líder político esteve preso, os 28 anos de reclusão, perseguição e trabalhos forçados impostos à Mandela.


Obviamente, o relato do filme trata de um marco histórico na África do Sul, pois conta o episódio em que Mandela decide apoiar o Rugby, esporte tradicionalmente praticado por brancos. A partir deste ato audacioso de Madiba, como era chamado entre seus seguidores, ele coloca sua credibilidade entre os negros em risco em troca de um bem maior. Segundo Mandela, essa era a maneira de unir a África do Sul, brancos e negros juntos com o mesmo ideal.


Quanto aos atores, Matt Damon não deveria nem ter saído de casa. Sua participação beira à insignificância e caso o seu personagem (François Pienaar, Capitão da equipe de Rugby) tivesse sido interpretado por um ator desconhecido, não faria diferença alguma. Quanto à Morgan Freeman, este sim justificou sua presença e carregou o filme, sozinho, nas costas. Sua atuação está impecável como Mandela, sem falar na capacidade que Freeman mostrou ter na hora dosar a carga emocional do personagem. O cara salvou o filme ser uma m... total.

Parecidos?


Caso sua desconfiança, quanto a minha opinião, esteja lhe encomodando, o trailer do filme está aqui e para que você não perca o seu tempo, como eu perdi, não espere um filme digno de Oscar. Fiquem à vontade para comentar.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Vício "exagerado" Frenético

Nicolas Cage excedeu na carga emocional de seu personagem e comprometeu o filme como um todo.

Certos atores não precisam de apresentação, pois logo que vemos seu rosto estampado na capa de um filme ou em um cartaz de cinema, preparamos a pipoca e corremos para a frente da tela. Nicolas Cage é um desses atores, mas em "Vício Frenético" o cara exagerou na dose e comprometeu, não só, o seu personagem como o filme inteiro.

Na trama, Cage interpreta um policial, que sofre um acidente ao tentar salvar um detento que está prester a morrer afogado. Ao pular na água, o detetive Terence McDonagh (Cage) sofre uma lesão na coluna e passa a depender de analgésicos pelo resto da vida para suportar as dores nas costas. Com o tempo, Terence se torna usuário de cocaína, situação que é agravada devido seu envolvimento com uma prostituta, também viciada na droga.

No decorrer da trama a dependência do detetive aumenta e ele passa a usar, também, maconha, heroína e crack. Até este momento, o enredo esboçado parece ser interessante, porém a trama passa a ser apenas sobre o vício do detetive e deixa os espectadores sem outros elementos que prendam a atenção. Outro fator que torna o filme massante é a interpretação "forçada" de Cage, que nem de longe mereceria um Oscar.

O final do filme é outra coisa irritante. Existem dois finais que deixam o espectador enlouquecido. Um é aquele em que o filme termina sem um final claro, apenas acaba e nos perguntamos: O quê? Acabou?
O outro é aquele em que o filme termina e não entendemos nada que o diretor tinha em mente com aquele final escroto.

Este filme quase tem um final "legalzinho", porém o diretor decide acrescentar mais três cenas que decretam a m... total, o que me deixou numa dúvida desgraçada: O detetive Terence McDonagh conseguiu largar as drogas ou não?

Vale ressaltar que sou muito fã do Nicolas Cage e a crítica do filme é a partir de uma visão particular sobre o filme. As opiniões sobre o filme são variadas e caso você ainda esteja a fim de perder o seu tempo, eu os aconselho a assistirem ao trailer do filme primeiro, para evitar decepções maiores.

PS.: Duas observações precisam ser feitas:

1ª: A Eva Mendes está "MARAVILHOSA" neste filme.
2ª: A arma do detetive no filme é uma Magnum 44. Por que ele segura uma pistola na capa do filme?

O detetive Terence McDonagh (Nicolas Cage) e sua namorada, Frankie Donnenfeld (Eva Mendes).